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Creche

Por diversos motivos, inerentes a sociedade atual, a família já não consegue realizar sozinha a tarefa de educar a criança, como tradicionalmente acontecia. Numa sociedade, onde cada vez é maior o número de mulheres a trabalhar a tempo inteiro.

Ao instituir-se legalmente a assistência social à criança como direito à cidadania, a constituição portuguesa reconhece o status de política social, colocando a necessidade de definição de diretrizes, normas, regras e princípios que estruturam a sua implementação. Esta preocupação é reconhecida essencialmente pela importância desta fase do desenvolvimento da criança enquanto individuo.

A creche é uma das primeiras experiências da criança num sistema organizado, exterior ao seu circulo familiar, onde será integrada e no qual se pretende que venha a desenvolver determinadas competências e capacidades.

Todas a crianças possuem o seu próprio padrão de desenvolvimento, apesar de diversas investigações definirem “estádios” de desenvolvimento, bebés e crianças muito pequenas precisam de lhe seja dado espaço, tempo e apoio que lhes permita realizar o seu próprio desenvolvimento. Todas as crianças são diferentes, indivíduos únicos com uma identidade própria, que utilizam um conjunto de capacidades para investigar e apropriar-se do mundo que a rodeia, desenvolvendo competências que lhe permitem comunicar com os outros, de se ajustar às diferentes pessoas com quem vai estabelecer e criar inter-relações.

É no decorrer dos três primeiros anos, que a criança vai aprender as principais regras de convivência e relacionamento com os outros, andar, falar e resolver problemas, é deste modo e em contexto relacional que ocorre o pleno desenvolvimento da criança.

As experiências das crianças ao longo dos seus primeiros anos de vida, dependem muito da qualidade dos cuidados que recebem, e que tem um potencial impacto no seu desenvolvimento físico, afetivo e intelectual.

 Deste modo, o contexto “creche”, visa proporcionar o bem-estar e desenvolvimento das crianças dos três a meses aos três anos, num clima de segurança afetivo e físico, durante o afastamento parcial do seu meio familiar, através do atendimento individualizado e da colaboração estreita com a família numa partilha de cuidados e responsabilidades em todo o seu processo evolutivo e educativo.